by Roberto M.
Cortes e arranhões são tipos comuns de lesões que, na maioria dos casos, não representam uma ameaça à saúde.
A maior parte desse tipo de ferimento é de pequena monta e pode, facilmente, ser tratado em casa.
Uma boa limpeza com água e sabão e, depois, uma proteção  com curativo, é tudo o que é necessário para tratar pequenos cortes e arranhões.
   
Às vezes, eles podem ser um pouco mais graves, necessitando de maiores cuidados, inclusive o acompanhamento médico.
Vamos mostrar, aqui, as principais atitudes que devemos tomar, no caso de  termos que acudir alguém vitimado por um corte ou um arranhão.  
PARAR O SANGRAMENTO
Se o corte ou arranhão estiver sangrando muito, o sangramento deverá ser  estancado antes de se aplicar qualquer tipo de atadura.  
Aplicar pressão na área, utilizando-se de uma bandagem ou toalha. Se o corte  for na mão ou no braço, levante-a acima da cabeça. Se a lesão for nos membros  inferiores, deitar a vítima e levantar a área afetada acima do nível do coração.  Isso ajudará o sangramento diminuir e parar.  
COMO FAZER UM CURATIVO
Saber fazer um curativo é imprescindível, pois ele protege o ferimento e  previne infecção.  
Para proteger um corte ou arranhão, com um curativo, em casa, siga os  seguintes passos:  
1 – Lavar e secar bem as mãos antes de começar a mexer na  ferida para fazer o curativo;  
2 – Limpar o ferimento com água corrente da torneira ou com soro fisiológico;   
3 – Secar a área do machucado com gaze ou com uma toalha limpa;  
4 – Secar com pequenas batidinhas, tomando o cuidado para não esfregar;  
5 – Aplicar um curativo adesivo estéril (tipo band aid) para proteger o  ferimento;  
6 – Ou, como alternativa, proteger o corte com gaze e fixar com esparadrapo;  
7 – Manter o curativo sempre limpo, trocando-o tantas vezes quanto  necessário;  
8 – Manter o curativo sempre seco. Se molhar, troque-o;  
9 – Troque o curativo, no máximo, a cada doze horas, isso permitirá que a  ferida “respire” melhor e sare mais rápido.  
TOMAR ANALGÉSICOS
Os pequenos cortes e arranhões devem curar-se por si só, em poucos dias.  Entretanto, eles podem ser dolorosos. Nesses casos, um analgésico como paracetamol ou  ibuprofeno pode ser administrado.  
QUANDO CONSULTAR UM MÉDICO
A visita ao médico será extremamente necessária, quando houver o risco do  corte ou arranhão tornar-se infectado ou você achar que já infeccionou.  
- Os maiores riscos para um ferimento infeccionar são:
1 – Se ele tiver sido contaminado com solo (terra), fluidos corporais, fezes,  pus;  
2 – Havia alguma coisa no ferimento antes de ele ser limpo, como um caco de  vidro, um cavaco de madeira, um espinho ou coisa parecida;  
3 – O ferimento tiver bordas irregulares, denteadas;  
4 – O corte tiver mais do que cinco centímetros;  
5 - Se o ferimento tiver sido provocado por mordidas (tanto de animais como  de pessoas). Mordidas são sempre propensas à infecção.  
- Sinais de que um ferimento infeccionou incluem:
1 – Inchaço da área afetada;  
2 – Formação de pus na área afetada;  
3 – Vermelhidão se espalhando a partir do corte ou do arranhão;  
4 – Aumento excessivo da dor na ferida;  
5 – Mal-estar geral do paciente;  
6 – Febre elevada, acima dos 38°C;  
7 – Glândulas inchadas.  
Uma ferida infectada, geralmente, deverá ser tratada com antibióticos. Somente o médico poderá prescrever esse  medicamento.  
QUANDO IR A UM PRONTO-SOCORRO
Alguns cortes e escoriações podem ser mais graves e exigirem a ida a um  pronto-socorro para o tratamento.  
É extremamente recomendável a ida a um pronto-socorro se:  
1 – O sangramento for de uma artéria. Sangue de artéria sai em jorros (a cada  batida do coração), é vermelho brilhante e é geralmente difícil de controlar;  
2 – Não se consegue controlar o sangramento em poucos minutos;  
3 – Houver perda de sensibilidade perto da ferida, ou estar havendo  dificuldade para mover partes do corpo. Nestes casos, pode ter sido danificado  algum nervo subjacente;  
4 – Houver dor, hematoma extenso e dificuldades para mover partes do corpo.  Nestes casos, pode ter sido danificado algum tendão;  
5 – O corte foi no rosto. Pode haver a necessidade de tratamento urgente para  evitar a formação de cicatrizes;  
6 – O corte foi na palma da mão e parecer infectado. Este tipo de infecção  pode se espalhar rapidamente;  
7 – Se existir a possibilidade de um corpo estranho estar, ainda, dentro da  ferida;  
8 – O corte foi extenso, profundo, e causou muitos danos aos tecidos;  
No hospital, o corte será examinado para determinar se há ou não o risco de  infecção. Na suspeita da existência de vidro ou algum tipo de corpo estranho  dentro do ferimento, poderá haver a necessidade de um raio-X para garantir que  ele seja removido completamente.  
NO PRONTO-SOCORRO SE NÃO EXISTIR O RISCO DE INFECÇÃO
Se não existir o risco de infecção, o corte vai ser limpo com água ou uma  solução salina estéril (soro fisiológico) antes de ser fechado. O fechamento  poderá ser feito usando pontos, adesivos teciduais ou fitas adesivas cirúrgicas.   
1 - Pontos (suturas). Estes são normalmente utilizados para fechar os cortes  com mais de 5 cm de comprimento, ou feridas profundas. Um fio cirúrgico estéril  é utilizada para os pontos.  
2 – Adesivo tecidual (cola). Pode ser usado para fechar os cortes menos  severos, com menos de 5 cm de comprimento. O adesivo tecidual (que é uma cola) é  pintado na pele, sobre o corte, enquanto as bordas são mantidas juntas. Após  secar, a cola forma uma camada flexível que mantém o corte fechado.  
3 – Fitas adesivas cirúrgicas. Estas podem ser utilizadas, como uma  alternativa ao adesivo tecidual, para os cortes menores do que 5 cm de  comprimento, quando houver risco de infecção. As fitas são adesivas e podem ser  colocadas sobre as bordas do corte para mantê-las juntas. São mais fáceis de  remover do que o adesivo tecidual.  
Após o fechamento do ferimento, ele poderá ser protegido com um curativo para  garantir que os pontos, adesivo tecidual ou fitas adesivas fiquem no lugar.  
O adesivo tecidual sairá por si só depois de uma semana ou duas.  
Já os pontos ou as fitas adesivas exigem o retorno ao hospital para serem  removidos.  
Nunca se deve tentar remover os pontos sozinho. Eles só devem ser removidos  por um profissional de saúde.  
Para se evitar o tétano (uma infecção bacteriana grave), pode ser dado um  reforço da vacina antitetânica.  
Se houver suspeita de que o tétano já esteja em desenvolvimento, poderá haver  a necessidade de tratamento especializado.  
NO PRONTO-SOCORRO SE EXISTIR O RISCO DE INFECÇÃO
Se houver risco de infecção ou o corte já estiver infectado, o profissional  de saúde poderá levar uma amostra para análise utilizando um cotonete, antes de  limpá-lo como de costume.  
No entanto, o corte não poderá, ainda, ser fechado, pois isto enclausuraria a  infecção tornando-a mais propensa a se espalhar.  
Em vez disso, o corte será protegido com uma atadura não adesiva, mas sem  fechá-lo. Poderá ser ministrado antibióticos para combater a infecção.  
Depois de três a cinco dias deverá haver o retorno ao hospital para verificar  se houve a regressão da infecção. Se isso ocorreu, o corte será fechado com  pontos ou fitas cirúrgicas adesivas  
Caso a infecção não tenha regredido, poderá ser necessária a mudança dos  antibióticos.  
Fonte: Cuts and grazes – NHS Britânico.







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